quarta-feira, 18 de abril de 2012

Do diálogo à ação... uma ponte e tanto!

    Me considero uma pessoa com alguns porcento de prática ecológica a mais que a maioria das pessoas com quem convivo e, nem se fala, das superurbanas. Mas estou longe de contribuir de verdade para um planeta melhor. Digo isso quase que como um diálogo comigo mesma, na tentativa de acionar em mim e, quem sabe em você também, mais atitudes em prol de um planeta que não devia ser separado de nós, afinal, nós e o planeta somos um e o planeta é ainda mais importante pois, em essência, ele sobrevive sem nós (e muito melhor, talvez...) mas nós e muitas gerações de nós não sobreviveríamos minutos sem o básico ar.
    Entramos no planeta cheios de propriedade, de sentimento de posse e direito de uso, e consideramos uma opção cuidar ou não cuidar, proteger ou não proteger, e é aí que acho que mora o maior dos enganos! Como é que achamos que é uma opção não fazer de tudo para que as melhores práticas sejam consideradas por todos a única opção? Somos como uma praga que se espalha, se formos analisar o planeta como um organismo vivo que é, uma praga que consome até matar. Credo.
    Todos nós participamos de um sistema que distanciou o máximo possível o ser humano do natural, seja através do uso de um simples sabonete até ao consumismo de muito mais que devíamos.
    Mas seguimos considerando opcional lavar louças com detergentes super tóxicos e práticos e usar sabão em barra menos poluente. Tudo deixa rastros, tudo deixa embalagens e destrói basicamente desde a coleta da matéria-prima, um horror.
    Agimos diante de paradigmas: se em uma determinada época era lindo fumar, hoje é feio e quem fuma enfrenta olhares como "que horror, como pode gostar de se destruir assim". A conscientização traz informações que não tínhamos antes, mas com tanta informação, ainda há a opção de fumar ou não, e dane-se os outros, o planeta, você mesmo e a indústria tóxica de cigarros! Sou também dono deste planeta e faço o que quiser, não vou ficar por aqui muito tempo mesmo...
    O grande paradigma agora é a liberdade e a felicidade, individual em primeiro lugar, claro, e a margem de deturpação é grande pois a mensagem essencial disso deveria ser: seja livre para ser o mais feliz possível, mas com consciência. É impossível ser feliz sozinho, o planeta e nós somos um, então a compreensão do conceito de felicidade deveria passar pela compreensão de que não há como ser feliz sem devolver a quem nos proporciona a felicidade de estarmos vivos, estendendo aos seres humanos que partilham a existência conosco - uma felicidade completa.

E se eu não puder fazer tudo, espero conseguir fazer tudo o que puder. E que Deus me dê forças para não me acomodar diante de mudanças possíveis! Vamos?

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