terça-feira, 24 de junho de 2014

Reportagem esclarecedora da renomada Ina May sobre o processo do parto

Estamos em uma era abençoada para as futuras mães. Despertando para quem realmente somos, para o respeito e compreensão sobre como auxiliar no processo do parto em perfeita sincronia com nosso corpo.
Pense o seguinte: nosso corpo é perfeito mas, para que consiga trabalhar de forma harmônica, perfeita, indolor e natural precisa de condições favoráveis. As respostas são tão simples que até parece engraçado: quanto mais confiamos no processo do corpo, quanto mais proporcionamos momentos de prazer, alegria, relaxamento, respeito, mais o corpo relaxa e permite que suas funções aconteçam.
Ina May trabalha com parto desde os anos 80 como doula, autora de vários livros sobre o assunto. Nesses 3 vídeos ela partilha um pouco de sua sabedoria. Estão em inglês.




sexta-feira, 13 de junho de 2014

Além do Parto

Uma mulher se torna mãe ao descobrir-se grávida, ainda que de forma estranha, sem ver a barriga, sem ver o bebê, à partir do momento em que ela aceita esta gravidez já começa a psicologicamente antecipar a chegada de seu filho(a).
Prepara-se para o parto, lê livros a respeito, vai a cursos, se informa, se fortalece (ou fortalece seu medo) e, enfim, está com seu tão esperado filho ou filha, ou um plural de ambos, em sua vida para sempre. E agora?

Tudo o que lemos sobre maternidade não é suficiente para auxiliar neste processo tão intenso. Acho, em minha opinião, que a parte mais difícil de ser mãe não seja atender às necessidades das crianças, muitas vezes facilmente atendidas por instinto materno, mas sim o fato de este atendimento ser sem intervalo. 

Não há chave mágica para lidar melhor, mas há experiências bem-sucedidas, caminhos percorridos por estudos profissionais, por mães e por pessoas queridas a quem admiramos. 

Hoje não somos mais uma comunidade. A grande maioria de nós cria os filhos praticamente sem contato com familiares que apoiam, como antigamente. Vemos familiares em festas, reuniões, férias esporádicas e enterros. Acho que era mais fácil criar filhos com a possibilidade de poder ter mais gente com quem dividir a responsabilidade com tanto amor quanto nós. Ainda peguei esta época. Crianças brincando de casa em casa, férias super longas com primos em uma mesma casa acolhedora, avós dedicadas, tias generosas, primos travessos e amigos de rua... bons tempos!

Sem este sistema de apoio (sorte de quem ainda tem!), ser mãe e pai se torna não só mais intenso como mais cansativo. A grande maioria de nós ainda trabalha a maior parte do tempo fora, voltando cansados para casa. E como lidar melhor com este novo modelo de família?

A disciplina caminha de mãos dadas com a flexibilidade. Disciplina para cuidar de si mesma como pessoa, priorizar o que é importante, ter horários que te facilitem lidar com o dia-a-dia e flexibilidade para não se exigir tanto, levar a vida com leveza, amar mais do que exigir e saber que a vida é passageira. Se existe alguma chave, em minha humilde opinião está no crescimento pessoal, conheça a você mesma e saberá onde poderá melhorar, onde pode amar mais, relaxar mais, se abrir mais e se disciplinar mais. Estamos aqui para crescer e amar, filhos nos ensinam muito bem tudo isso!