segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A Gravidez sob o ponto de vista do Espírito

Sempre repito: somos seres espirituais em uma experiência material, não o contrário. Diante disso, tudo toma uma diferente perspectiva.
O espiritismo, que é a linha religiosa que mais fala sobre a relação entre o mundo espiritual e o físico/material nos traz a mensagem de que antes de encarnar, escolhemos os pais que irão nos trazer o que precisamos viver, de acordo com uma série de fatores, tais quais nossos resgates de vidas passadas, a possibilidade de crescimento que aquela família nos fornecerá, as pessoas do mesmo grupo de almas que ali estão juntas, e o que iremos aprender.
O momento de escolha da família até o nascimento propriamente dito, é mágico, realmente muito especial, um preparo profundo que fazemos, uma escolha que envolve diversas pessoas no processo e, portanto, sagrado por natureza.
O mais óbvio seria que pudéssemos receber o filho ou filha que chega neste mundo com respeito e reverência por tudo isso e, ainda, nos preparamos para este momento não só fisicamente, ou mentalmente com informações, mas também espiritualmente. E a equipe que estivesse encarregada, por escolha nossa, de nos auxiliar neste processo, também deveria estar ciente de que não é "mais um que nasce", mas um momento único de duas almas que recebem uma vida.
Nascer ainda é tratado com descaso, medo, banalidade, desrespeito, despreparo por muitos, não todos, mas muitos. Felizmente, isso vem mudando. Graças ao filme "O Renascimento do Parto", o Brasil está evoluindo gradativamente nesta área, as doulas se proliferando, ganhando espaço e respeito.
A dimensão da gravidez, do nascimento e dos primeiros anos do espírito que encarna com sua missão única, e da família que a recebe, ainda estão se revelando. O parto sem dor, antes um privilégio de algumas, já é de conhecimento de que não é privilégio, mas o que acontece se permitimos que nosso corpo faça o que nasceu para fazer. O medo está sendo substituído pelo conhecimento, e conhecimento gera coragem. As mulheres estão lutando cada vez mais por seus direitos e empoderamento e espero viver para ver a frase "lutar por direitos" não ser mais utilizada, mas sim substituída por um senso comum de que o respeito à vida, não apenas dos profissionais que lidam com o parto, mas também por parte da mãe, é algo natural e o melhor para todos, com alegria e entrega ao parir.


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