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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Casamento duradouro - minha própria experiência

Hoje completo 14 anos de casamento, nossa, parece incrível para nossa época!
Consegui!
Sim, dei muita "sorte" de encontrar-me com o George. Nos conhecemos quando eu tinha apenas 10 anos de idade, fiquei amiga da irmã dele, mudei-me, muita coisa aconteceu, ele ficou noivo, eu namorei bastante, e nos reencontramos quando eu tinha quase 21 anos.
Foi um romance apaixonado e de muitos, muitos sinais do destino, sentimo-nos enebriados com a mágica de nosso relacionamento, somos um o amor da vida do outro.
Os anos se passaram e tivemos que enfrentar muito mais do que estávamos preparados. A experiência, a vontade de continuarmos juntos por uma família unida e feliz para nossas filhas e para nós mesmos e a coragem de superar diversos obstáculos pessoais e que a vida nos trouxe foram crucificais para que chegássemos até aqui vivos, cheios de amor, ainda olhamos um nos olhos do outro e nos encantamos, sentimos a paixão viva, rimos juntos, conversamos o tempo todo, queremos ficar juntos sempre.
Segredo não existe, cada um encontra um caminho, mas sei que existem sim algumas diretrizes que funcionam e quero partilhar com vocês:
Aguentar as pontas - um dia ouvi uma frase, não me lembro bem onde, que dizia: "se quiser conhecer a felicidade no casamento, fique com a mesma pessoa por muito tempo". A frase solta assim  não parece dizer muito, mas realmente, para que desenvolva laços verdadeiros, para que se adapte aos defeitos (passando a fase de querer mudar um ao outro sempre), para encontrar um caminho de aceitação e amor mais profundo, é preciso sim permanecer. Fique com a pessoa, lembre-se porque se apaixonaram, como foi tão intenso e inconfundível que te fez ter coragem de dividir uma vida com esta pessoa. Ele ou ela ainda está lá, só que, como você, enfrenta um monte de dificuldades de adaptação, traumas de infância, mil coisas que a vida impõe para nós adultos e que são realmente difíceis e tudo afeta o relacionamento, só com tempo o amor amadurece ao ponto de sentirmos que aquela pessoa nos ama apesar de tudo e nós a ela, e não estou falando de perder o encanto e nem de virarem irmãos, isso é coisa de quem não quer amadurecer na relação. A intimidade traz sim ao relacionamento cara de coisa mais familiar, como não seria, convivem o dia todo juntos, mas o amor homem mulher está lá sim, foi ele ou ela a quem escolheu!

Manter-se criança - não acho bacana quem não cresce, não amaduresce, mas vejo tantos casais parecendo velhos... aquela chama da alma viva parece que murchou diante da seriedade da vida, das obrigações e o casamento vai pras cucuias... A paixão, o amor, são leves, são alegria, é preciso rir, saber continuar se divertindo e rindo da vida, rir juntos, saber brincar, reservar esse espaço de dar uma flor, de fazer brincadeira, de saber que ainda se está vivo, mesmo com tantas coisas difíceis por vezes minando a força.

Aceitar - Aceitar parece acomodação, mas não é. Aceitamos quem amamos se excluir. Quando escolhemos nos casar com alguém, formar família, é preciso incluir, assim como ser incluído, como membro definitivo da família. Acho, sinceramente, um absurdo pai ou mãe serem descartáveis, não deu certo com seu pai, tchau para ele. Claro que não dá pra generalizar e cada caso é um caso, mas essa posição incômoda de não poder ser você mesmo em sua própria casa, em sua família, em ser aceito como se é, é muito ruim para relação, sufoca e faz com que se tenha a necessidade urgente de... liberdade! Muitos casais sentem-se sufocados na relação.

Encontrar uma nova maneira de viver e se adaptar a ela - quando somos crianças, vivemos como crianças, quando somos solteiros, vivemos como solteiros e, embora seja óbvio que quando somos casados, vivemos como casados, muita gente se casa e fica com saudades do que vivia e isso gera enorme conflito na nova relação, sofrimento para todos os que estão envolvidos e o casamento vira duas pessoas individualmente vivendo juntas. Casar exige encontrar uma nova maneira de viver, de viver melhor! Somente se entregando vai encontrar felicidade no casamento. Sim, exigem crescimento, exige que a gente se melhore, mas também quando solteiro enfrentamos dificuldades, faz parte das etapas da vida. É tão bonito ver um casal que caminha junto e encontra felicidade nisso, uma vez que escolheu se casar (casar não é obrigação, é uma opção). Partilhar planos, combinar saídas sozinho ou momentos em família, enfim, saber que tem alguém ali para partilhar, dividir e com quem contar, não alguém para controlar, prender ou tirar algo de você.

Eu meu amore continuamos encontrando caminhos juntos a cada dia, enfrentamos muitas dificuldades no passado e superamos diversas, diversas mesmo. Em muitos momentos tivemos vontade de seguir cada um o seu caminho mas, a cada etapa conquistada, o amor se renova e nos tornamos mais unidos, só permanecendo pudemos vivenciar isso. Que cada um encontre seu amor, encontre seu caminho e supere suas dificuldades, pois realmente amar sempre vale a pena!

sábado, 23 de julho de 2011

Tempo de Colheita

Hoje colhi os primeiros frutos de minha hortinha, uma experiência deliciosa, devo dizer. Fico feliz por estar tendo a oportunidade mágica de acompanhar os ciclos da terra bem de perto.
Sempre que consigo plantar e colher alguma coisa me remeto ao ciclo da vida, o ciclo da colheita. A terra nos mostra na prática que para colher algo é preciso plantar primeiro, cuidar, regar, manter o foco no que se quer colher até que o fruto acontece. O caminho da espiritualidade que acredito também tem esta visão: primeiro pedimos o que desejamos (plantar), depois mantemos a visão (fé, cuidado, foco) para então receber (colher). Embora a colheita seja realmente o que almejamos, e o apse de cada processo, também vale lembrar que só se colhe bons frutos quando se planta coisas boas.
  O que quero dizer é que, é mais fácil colher bons frutos se, durante o processo, desde o plantio, trilhamos um caminho de alegria e amor.
Não se pode ter um fim feliz para uma jornada infeliz.
Minha hortinha está dando frutos, mas confesso que toda a jornada foi deliciosa, desde a preparação do terreno, o design dos canteiros, o plantio das sementes, a limpeza meticulosa, a água espirrando delicadamente todos os dias enquanto os pássaros tomavam banho... enfim, todo o processo.
E então, agradeço à Mãe Natureza.
A foto de cima é a Perola comendoo primeiro rabanete que colheu. Ela sempre vai comigo para a horta, adora.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Seres humanos, no mesmo barco...

Sim, há dias em que todos nós, mesmo com as vidas que queríamos, vemos nossa energia baixar e os ânimos irem pelo ralo... e é aí que vemos o quanto todos estamos realmente no mesmo barco, sucetíveis aos mesmos sentimentos. Hoje comecei a refletir sobre algumas coisas e, quando vi, lá estava ela, a tristeza, como uma sangue-suga, drenando a felicidade...
Porque estou partilhando isso? Porque tem muita gente que poderá pensar que eu nunca fico triste e que vivo em um universo paralelo de felicidade de comercial de margarina, claro que não! Tem dias em que eu quero é mandar tudo para aquele lugar e é isso mesmo, enfrento a minha tristeza e minha raiva com profundidade, sou muito intensa em meus sentimentos!
Todos temos fraquezas, precisamos uns dos outros e estamos sempre em busca de escolhas melhores, e é aí que está a mágica, é aí que entram os melhores sentimentos como amor e amizade, carinho e família, todos somos necessários uns aos outros e esta rede linda que faz com que nos importemos uns com os outros nos tornando iguais, nos une na alma e conecta de verdade.
E como encontro meu equilíbrio de volta: eu costumava me afundar em sentimentos de culpa por estar me sentindo triste, vitimação e não aceitação, entrando em um buraco de auto-análise bem doentio, e isso costumava fazer com que perdurasse muito mais, indo parar em depressão, sério. Hoje, fico feliz em dizer que isso não acontece mais, aprendi a entender que existem dias em que perdemos o controle de nossas emoções e que, embora possamos ter motivos para isso, não há necessidade de entrar fundo em sentimento negativo algum, não somos vítimas de nada nem ninguém, a vida tem seus caminhos e, embora ela não nos carregue no colo, sempre nos dá a mão, sempre. Sinto raiva, sinto tristeza e deixo-as ir, me perdôo por isso e elas passam, muito mais rápido, fazem parte e não precisam me definir. Aos poucos, bons pensamentos vão voltando, vou fazer algo que gosto ou fico quietinha um pouco e tudo vai se reencaixando...

Hoje estou tristinha, apesar de todas as forças e apesar de não ser nada grave, e você?