Costumava subir na mesa de jacarandá da Bahia da minha avó, que ficava perto de um relógio de corda fazendo tic...tac...tic...tac e ali eu me deliciava entre papéis, lápis, e cores e cores de canetinhas. Eu podia ficar horas ali...
Minha mãe um dia me perguntou, ao ver meu lindo desenho:
"O que vai querer ser quando crescer? Pintora?"
Eu então respondi: "Não, pintora não."
Minha mãe, confusa, perguntou porque?
Eu então disse: "Porque pintor sofre demais."
Eu devia ter uns 5 anos e essa foi minha tradução na época, talvez pelas histórias de Van Gogh que ouvi ou porque já sabia que, embora eu AME pintar, minha arte é a escrita e, como sabem, a fala.
Existe uma angústia muito forte na arte, algo que tem que ser superado em horas e horas de conexão com as palavras ou cores, um tocar no divino. Algo tem que nascer através de você e passa por um processo de dor e entusiasmo ao mesmo tempo.
Tem que acontecer!
Hoje, ao terminar mais um E-book, que será expandido para um livro impresso em breve (aguardemmm) senti esta alegria de novo.
Sinto vontade de sair, pegar um copo de vinho, ir para um lugar especial e curtir a glória do momento. O corpo doído, os olhos meio que arranhando, as mãos precisando de alongamento.
Me superei de novo e consegui trazer ao mundo algo que só eu podia trazer. Plenitude!
Maria do Sol
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